A vida é feita de ciclos. Ciclos que mudam, que se completam e que se encerram. O que, claro, é super normal. O grande problema está na natureza humana que reluta em aceitar o fim das coisas e insiste em situações que colocam sua sanidade em risco.

Leva tempo para entendermos que a vida não é nossa subordinada. Ela fecha e abre os ciclos conforme a necessidade de aprendizagem de cada um e não à mercê da vontade humana.

A vida é efêmera e senhora de si. Não pergunta se estamos prontos para enfrentar as situações inesperadas ou se queremos continuar no caminho que escolhemos. Ela dita as regras e nos faz mais fortes durante a caminhada. Por isso, torna-se tão importante a sensibilidade diante dos sinais e a compreensão diante do inesperado.

Pode ser que você tenha que enfrentar a morte de alguém que se amava muito para aprender sobre amor, ou que tenha que colocar um ponto final no relacionamento abusivo para ser feliz ou até que precise pedir demissão para ser valorizada em outro trabalho. O importante é entender que tudo o que acontece em nossas vidas nos prepara para sermos melhores.

É importante dizer que todo o ciclo da vida está ligada à lei do retorno. Tudo tem um motivo, um tempo e uma necessidade. Não existe essa de “vítimas ou vilões” das situações, o que existe são atos e suas conseqüências. E só!

Não dá para culpar o professor se você não estudou para a prova. Não dá para acusar o namorado de ciumento se você deu motivos para isso. Não dá para falar que o salário é insuficiente se você gasta mais do que ganha. Entende como funciona a vida? Colhemos exatamente o que plantamos. Por isso, é tão importante entender sobre os ciclos da vida e a importância da lei do retorno.

Aceite o fim dos ciclos e o começo dos novos. Não insista em situações que o fazem sofrer. Termine o relacionamento abusivo, acabe com as amizades interesseiras, troque de emprego, mude de casa… aceite que ciclos fechados são histórias resolvidas e oportunidade de crescimento emocional. Fernando Pessoa, em sua infinita sabedoria, dizia que “ é sempre necessário saber quando uma etapa se finda, quando algo acabou, e não existe mais, insistir em permanecer ali, só aumentará o sofrimento e a angústia”.

Portanto, deixe ir, desapegue, esqueça! Insistir em situações degradantes é protelar a própria felicidade.

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